"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Campos, Álvaro de. Tabacaria. Portugal, 1928)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

sobre nada

 

 

você nao sabe o que se passa por aqui

neste peito que a terra ha de engolir

voce nao gosta de flertar com o amor

goste de mentir e sorrir ao dessabor

 

eu ja nao sei para onde devo seguir

falta-me pernas e palavras a dizer

ja nao sei se vou conseguir

aqui jaz a fé em vencer

 

existem coisas que abalam nossa paz

aqui essas coisas não se criam mais

sou eu o senhor e mestre do meu desitino

não é a sorte nem o poder divino

 

sagrado é o solo sob meus pes

meus pais e tudo o que ha de bom

entre os males e pesares dizia o filosofo

“torna-te aquilo que és”.

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