"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Campos, Álvaro de. Tabacaria. Portugal, 1928)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

faça

 

 

drogue-me com seu corpo, sua boca, seu cheiro

torture-me faça de mim o mais novo enfermo

vicie-me no mais doce e cruel veneno

Me mate, remate, reviva

Se achegue, me beije, me agrida

me faça querer ser querido

enganado, coitado, traído

 

me faça sonhar outra vez.