"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Campos, Álvaro de. Tabacaria. Portugal, 1928)

sábado, 15 de março de 2014

Meu amigo

 

 

Sou melancólico por natureza

Réu confesso da tristeza

Do infortúnio, da incerteza

Mas em tudo isso, há beleza

 

E lhe digo em verdade

Que ainda há vaidade

Aversão à intimidade

Mas aprendi que nunca é tarde

 

Ouso te dizer amigo

Que depois de a ter comigo

Minha vida faz sentido

E é com ela que hoje eu sigo

 

E completo camarada

Que depois de sua chegada

Se o amor virou piada

Não seguro uma risada

 

Meu amor não é diferente

Faz o melhor da gente

Deixa meu sangue quente

E meu coração dormente

 

Sendo assim meu chegado

Se um dia for amado

Ame muito, desregrado

E quando estiver cansado

Ame mais um bocado.

 

 

Escrevi na quinta, mas não tinha coragem de postar, acho que agora não faz mais diferença.