"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Campos, Álvaro de. Tabacaria. Portugal, 1928)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

sequencia.

 

 

subconsciente subestimando o sacrilégio pessoal

perjúrios profanados para flagelo próprio

fazei da fala, flecha lançada

lembrai da letra e melodia

memorizai o morrer e nascer do dia

pensar duas vezes depois de falar

se calar duas vezes e nunca agir

se esquecer de parar de fingir

fugir para não se ferir

não se aproximar, não se apaixonar

não se banhar em aguas geladas

nem mergulhar em almas quentes demais

não se perder em meio aguas passadas

mas cuidar das lembranças, ainda que enterradas

 

com flores num túmulo isolado, vou revirando o sentimento revirado.

 

 

 

Esse final de semana eu ouvi Ana Carolina, numa saída inconsequente, no carro de outra pessoa e me peguei ouvindo novamente agora. Podem se passar quantos dias forem, a unica lembrança que as canções mais lentas me trarão é aquela da qual eu teimo em esquecer.

Hoje eu perdi pro sentimentalismo masoquista de um ex-apaixonado.

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