"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Campos, Álvaro de. Tabacaria. Portugal, 1928)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Castelo.

 

 

Tenho medo de me perder, a melhor parte de mim na verdade

Uma parte que nem eu sabia que existia, uma que eu conheci esses dias…

 

Minha parte mais contente

Do olhar cor de cacau

Tão profundo, tão ardende

Minha parte mais carnal

 

A metade melhor que eu

Que tem tudo que eu preciso

Que ganhou tudo o que é meu

Que mastiga o meu juizo

 

É a parte pra quem eu canto, pra quem recito

Por quem eu choro, por quem eu fico

Que encontra paz nos meus conflitos

Que transforma o não querer em ‘querido’

 

Já não existe mais eu

Sou em ti o melhor que posso ser

Já não existe mais breu

Pelos seus olhos eu, hoje posso ver

 

E sem saber se sou eu em mim ainda

Me perdi nas suas veias, me afogando e me apegando em você

E já cansado, no seu peito repousado, descobri bem la no fundo sem querer

Que por sorte, ou talvez por acaso, a Rainha das Princesas hoje é minha!

 

 

(Não é dos melhores, mas as vezes é tanto no nosso peito que as palavras jorram sem sentido.)