"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Campos, Álvaro de. Tabacaria. Portugal, 1928)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

a carta 3

 

 

“olá, novamente.

apesar de não obter resposta em nenhuma das anteriores, venho outra vez te procurar. Mas essa não é igual a todas as outras vezes, essa é a ultima carta que recebe de mim, mesmo porque acabaram-se os papeis nas redondezas, com eles todos os sentimentos que eles embrulhavam, todas as lagrimas que eles secavam e todo o tempo em que ficava pensando em vc. Rasguei minhas esperanças, queimei minha vontade de um futuro com vc e disse pela ultima vez ‘dessa agua não beberei’.

 

 

o papel que lhe envio embrulhava suas flores, e a aliança que comprei e o envelope as passagens para nosso final de semana juntos. mas tive que usa-los pra escrever-lhe que seja feliz, sei que será, essa é uma qualidade de quem se contenta com pouco.

 

um beijo, ou um abraço, ou seja la o que seu novo alguem permitir!”

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