"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Campos, Álvaro de. Tabacaria. Portugal, 1928)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

razão sobre o irracional

 

vamos falar de amor…

não é um texto romântico e não chega nem perto disso, vou falar racionalmente sobre o amor, que acredito eu é a coisa mais irracional que existe.

 

o amor é um tipo de vicio e o objeto de desejo um tipo de droga, a felicidade extrema, a vontade de estar perto, de agradar são a brisa da droga, o ciúmes, insegurança, a vontade de te-la só pra vc são efeitos colaterais… a droga nem sempre é maligna, se controlada traz os benefícios com muito pouco efeito colateral, mas existem drogas fortíssimas, e drogas das quais temos tendência ao vicio, essas sim são perigosas.

essas drogas fortíssimas são a que trazem o mínimo efeito colateral no começo e te viciam, de forma quase que instantânea, independente ou não se vc é pre- disposto a este vicio ela te convence que ela é o melhor pra vc e depois de te ter em mãos joga todos os efeito colaterais em sua face, e te obriga a aceitar, pois sabe que vc não passa de um coitado viciado no pouco prazer que ela te da, e vc fica la até não dar mais, na esperança daquele prazer, alegria e êxtase inicial voltarem, apesar dos efeitos colaterais já se mostrarem maiores e mais doloridos que o próprio êxtase, além delas existem as feitas sob medida, as drogas já vem com os efeitos mesmo que pequenos se mostram presentes, mas essas drogas são feitas para você e tudo o que elas fazem te agradam completamente, até os contras que ela possui acabam te agradando. Mas essas são evitáveis, pq a maioria das pessoas sabe qdo pode viciar em alguma coisa, eu pelo menos sempre soube, e quando me viciei sabia que não seria bom pra mim, mas não dessa vez, dessa vez a droga veio, se apresentou, eu de inicio me afastei pq sabia que podia fazer mal, mas não resisti e experimentei, era boa, OTIMA, me fez voar, e então já era tarde, entrei em vicio, já queria aquela brisa sempre que pudesse, já me via pensando nela nos momentos de paz, já sabia que estava viciado, mas de qualquer forma sabia que podia largar, até então a abstinência seria dura, mas não ia precisar de desintoxicação.

apesar de saber eu não me afastei, e os efeitos colaterais continuavam os mesmo, mas eu sabia que não seria assim, sabia que era uma droga feita pra mim, e que o vicio já tinha posto tudo em risco, é certo que existem pessoas viciadas que a relação delas com isso é boa e a faz feliz, mas eu sabia que essa droga não era assim, mas não ia adiantar pq a droga já tinha me dado provas que não ia me fazer bem e eu voltei a consumir, já tinha me avisado que não ia terminar bem e eu não largava de me drogar… até que os efeitos colaterais começaram a machucar, eu fechava os olhos e não ligava pro que me faziam, estava em estado terminal e a droga não dava trégua… tentei largar, mas quem consegue se a droga literalmente te chama, até que veio o golpe final.

ela então com a ultima cartada, talvez cansada de brincar com o pobre viciado e com a vontade de procurar mais um, parou meu coração. ele ficou parado por uns 2 min, dps ele voltou e bateu tão forte que o efeito da droga passou por um instante e me fez lembrar tudo o que ela me vazia esquecer a cada dose, as mentiras, os sinais, as ressacas, dai então veio em seguida o resquício dela provando, não com palavras mas com atitudes, que tudo não passou de uma loucura, dizendo que é o que as drogas fazem e eu não poderia mudar isso, e logo em seguida a abstinência, a dor excruciante de precisar daquilo mesmo sabendo que pode me matar, a angustia de ter falhado consigo mesmo e não te-la deixado quando teve a chance, a tristeza daquilo, mesmo podendo te fazer bem, escolheu outro caminho, o desanimo ao saber que vc não é tão forte e não faz só o que sua mente manda.

e a abstinência não é uma coisa passageira, pode ser que não cruze mais com essa droga em especial, mas sempre que cruzar seu cheiro ao ser inalado vai provocar reações em meu coração, porem como qualquer ex-viciado o poder de resistir deve ser maior, mas se não resistir e consumir estou certo que não vou cair novamente. a droga será sempre uma droga, a diferença é saber dosar e lidar (y)

 

minha droga tem nome e sobrenome. =]

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